Um ideal de vida
À medida que a idade se aproxima, nossos mais velhos religam-se ao princípio sagrado e fonte de poder nesta religião: a ancestralidade.
Diego de Oxóssi: Odus de Nascimento e Jogo de Búzios
O que significa envelhecer no Candomblé? O Babalorixá Rodney de Oxóssi te convida a descobrir a velhice nos terreiros.
Considerando que a velhice é uma categoria social legítima e com base em uma abordagem interdisciplinar, o autor penetra nas teias das hierarquias dos terreiros, verifica as relações de poder e a maneira como os “mais velhos” se integram nessas comunidades.
Buscando saber de que modo se dá a construção cultural dessa categoria no Candomblé – uma religião calcada nos princípios de senioridade e ancestralidade -, a obra que você agora tem em mãos faz um retrato histórico e sociológico sobre como as pessoas representam a velhice no interior dos terreiros, de que forma a constroem e a vivenciam na prática diária de sua espiritualidade.
Além disso, o autor ainda aborda a velhice sob uma ótica interpretativa, apontando uma forma distinta de envelhecimento para um grupo específico, com características peculiares: no Candomblé, a velhice é sempre um ideal a ser atingido, é fonte de autoridade e denota o poder que reveste os altos postos de sua hierarquia.
Ao estudar a importância dos “mais velhos” no Candomblé, Rodney William Eugênio nos mostra que a visão de mundo africana é preservada nos terreiros, revelando as especificidades de um povo e de sua cultura.
"A Bênção aos Mais Velhos" é, acima de tudo, um estudo sobre a velhice e o envelhecimento - uma tentativa de compartilhar vivências e buscar conhecimentos, preservando, assim, um patrimônio convencionalmente transmitido pela oralidade.
Mesmo sendo um dos babalorixás mais respeitados do Candomblé, Pai Pérsio de Xangô sempre fez questão de se declarar também de Umbanda? Foi fiel ao seu Caboclo, sua Preta Velha e seu Exu até o fim da vida!
No Candomblé, tentamos seguir a tradição que herdamos e ensinamos aos iniciantes essa difícil arte. Mesmo que o iniciante se ache com razão, ele tem o dever de ouvir o mais velho e pedir a bênção, por respeito.
Para aprender, devia estar junto com as velhas do Alaketu, eu sempre estava. Este saber se aprende devagar. Minha tia sentava comigo e contava o que os velhos trouxeram consigo para o Brasil, os ensinamentos, os fundamentos.
A gente ralava o milho na pedra, o feijão-fradinho era na pedra. A água era sempre na fonte. Você conhece a Casa de Oxumarê, não conhece?
Tô muito feliz, sou muito feliz e espero que o Candomblé nunca se acabe, porque é uma religião muito antiga, né? Já veio dos porões dos navios, escravos... Só que agora a gente espera que o Candomblé nunca se acabe.
Os conselhos dos Orixás na palma da sua mão
Comprar agora!Rodney William Eugênio, ou Pai Rodney de Oxóssi, é antropólogo e professor. Graduou-se em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP - em 1997, instituição na qual também recebeu o título de Mestre em Gerontologia e onde atualmente cursa o Doutorado em Ciências Sociais com ênfase em Antropologia.
Há mais de 20 anos, Pai Rodney de Oxóssi atua como pesquisador nas áreas de relações raciais e religiões de matrizes africanas. Filho de santo de Pai Pérsio de Xangô e babalorixá do Ilê Obá Ketu Axé Omi Nlá em São Paulo, seguindo fiel a seus herdeiros e ao Axé Batistini, no qual possui o posto de Omowê.
Rodney William Eugênio, ou Pai Rodney de Oxóssi, é antropólogo e professor. Graduou-se em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP - em 1997, instituição na qual também recebeu o título de Mestre em Gerontologia e onde atualmente cursa o Doutorado em Ciências Sociais com ênfase em Antropologia.
Há mais de 20 anos, Pai Rodney de Oxóssi atua como pesquisador nas áreas de relações raciais e religiões de matrizes africanas. Filho de santo de Pai Pérsio de Xangô e babalorixá do Ilê Obá Ketu Axé Omi Nlá em São Paulo, seguindo fiel a seus herdeiros e ao Axé Batistini, no qual possui o posto de Omowê.
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